Seis anos da Lei de Liberdade Econômica: importante conquista para o ambiente de negócios do Brasil
“É urgente que os municípios cooperem para ampliar a adesão à lei e regulamentar a legislação com mais celeridade”

Seis anos se passaram desde a criação da Lei de Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/2019), que surgiu com a proposta de flexibilizar e diminuir a burocracia das atividades econômicas empresariais, a fim de melhorar o ambiente de negócios do país, reduzir o Estado e expandir o empreendedorismo no Brasil. No entanto, a aprovação dos municípios ainda é baixa.
Mesmo sendo uma lei federal, a adesão dos municípios é irrisória. De acordo com estudo realizado em 2024 pelo Instituto Liberal de São Paulo (Ilisp), em parceria com o Instituto Millenium, os municípios que aderiram à Lei da Liberdade Econômica acresceram 40% o número médio das contratações, em comparação ao período anterior à lei. Ainda de acordo com o levantamento, a regulamentação promoveu um aumento de 88,9% na média anual de novas empresas abertas.
Outro dado curioso e ainda desafiador é que, dos 5.570 municípios brasileiros, de acordo com o projeto “Liberdade para Trabalhar”, do Instituto Liberal de São Paulo, mesmo com os dados positivos, desses municípios, apenas 1.909 deles aprovaram a lei, o equivalente a 34,27% das cidades brasileiras.
É urgente que os municípios cooperem para ampliar a adesão à lei e regulamentar a legislação com mais celeridade, somente desta forma veremos um avanço no ambiente de negócios. É difícil compreender como uma lei benéfica como essa ainda é pouco explorada pelos municípios. Essa pauta necessita ser retomada, a segurança jurídica precisa prevalecer e para que os pequenos e médios empresários obtenham estímulos para investirem em seus negócios.
A alta carga tributária do país, as incertezas políticas e econômicas são fatores agravantes para agilizar os municípios para a regulamentação da lei. Os pequenos e médios empresários continuam perdendo oportunidades em seus negócios devido a uma agenda burocrática e morosa.
Precisamos dar voz e subsídio aos empreendedores brasileiros, e a Lei da Liberdade Econômica está aí para fazer essa ponte entre a iniciativa privada e o poder público. Nós, como entidade fomentadora de negócios, tivemos coparticipação na criação dessa lei. Para nós, estimular o empreendedorismo é fazer o Brasil crescer.
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