Cresce a confiança dos setores de serviços e indústria

Levantamento da FGV indica alta superior a quatro pontos no índice de confiança em janeiro. No caso de serviços, o indicador ultrapassa a marca dos 80 pontos pela primeira vez desde fevereiro de 2015

Estadão Conteúdo
31/Jan/2017
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Cresce a confiança dos setores de serviços e indústria

Os índices de confiança de serviços e da indústria cresceram acima de quatro pontos na passagem de dezembro para janeiro, de acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas divulgado na manhã desta terça-feira (31/01).

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 4,1 pontos. Com a alta, o indicador ultrapassa a marca dos 80 pontos pela primeira vez desde fevereiro de 2015.

"A melhora na percepção do setor sobre as condições de negócios, tanto em relação a fatores atuais quanto em sua visão sobre as expectativas, é um aspecto favorável dos resultados da Sondagem de Serviços neste início de ano. A reação representa uma redução no pessimismo das empresas, uma vez que os resultados ainda se encontram em patamar historicamente muito baixo. De todo modo, esses resultados podem sinalizar o início de reação no ânimo empresarial em resposta a um contexto de inflação em queda e de uma perspectiva de melhora nas condições de crédito", avaliou o economista Silvio Sales, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, em nota oficial.

Das 13 atividades pesquisadas, 11 apresentaram alta da confiança em janeiro. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 4,7 pontos, para 74,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 3,2 pontos, para 86,6 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor de serviços, entretanto, recuou 0,5 ponto porcentual em janeiro, para 82,3%. A coleta de dados para a edição de novembro da sondagem foi realizada entre os dias 2 e 27 deste mês.

INDÚSTRIA

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 4,3 pontos em janeiro ante dezembro, alcançando 89,0 pontos, o maior nível desde maio de 2014 (92,2 pontos). Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,0 ponto, para 86,7 pontos.

A alta na confiança industrial ocorreu em 15 de 19 segmentos pesquisados e atingiu tanto as avaliações sobre a situação atual quanto as perspectivas das empresas para os próximos meses.

O Índice de Expectativas (IE) subiu 4,7 pontos, para 91,0 pontos, e o Índice da Situação Atual (ISA) teve alta de 3,8 pontos, para 87,0 pontos.

A maior contribuição para a elevação do IE em janeiro veio do indicador que mede as perspectivas para o pessoal ocupado nos três meses seguintes.

O componente subiu 7,4 pontos, para 89,2 pontos, recuperando a perda acumulada de 6,0 pontos nos cinco meses anteriores.

Houve elevação do porcentual de empresas que projetam aumento do total de pessoal ocupado, de 11,1% para 14,1% do total, e redução da parcela das que preveem diminuição do quadro de pessoal, de 21,7% para 16,7%.

A situação atual dos negócios exerceu a maior influência para a elevação do ISA em janeiro. Após três quedas sucessivas, o indicador subiu 5,2 pontos em janeiro, para 82,9 pontos.

O porcentual de empresas que consideram a situação dos negócios boa aumentou de 10,7% para 16,7% do total, enquanto a fatia que a considera fraca diminuiu, de 46,7% para 43,5%.

A FGV destaca, contudo, que mesmo com a melhora neste mês, o indicador permanece há quatro meses como o menor entre os componentes do ICI, indicando que a percepção em relação ao estado geral dos negócios é ainda pior que a percepção em relação ao nível de atividade.

"Com a alta expressiva de janeiro, o ICI recupera o terreno perdido após setembro, quando o desapontamento com a evolução dos negócios no segundo semestre interrompeu a tendência de alta que vinha sendo observada no ano passado. O setor parece estar reagindo a uma combinação de aceleração da produção no final do ano e do ritmo de queda dos juros a partir de janeiro", afirma Aloisio Campelo Junior, Superintendente de Estatísticas Públicas do Ibre/FGV.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) atingiu 74,6% em janeiro, 1,7 ponto porcentual acima do mês passado, quando havia registrado o menor nível da série histórica iniciada em 2001.

IMAGEM: Thinkstock

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